Pesquisa global da Deezer realizada com 8 mil pessoas revela que mais da metade dos entrevistados escuta menos álbuns do que nos últimos 10 anos
- As principais razões apontadas para a redução no consumo são estar muito ocupado e que os artistas não produzem álbuns como costumavam;
- Os millennials (1980 -1995) são os que mais buscam por álbuns e têm duas vezes mais chances de ouvir do que os baby boomers (1945-1960);
- Os entrevistados afirmam que ao ouvir pela primeira vez um álbum completo sentem-se felizes (48%), animados (46%) e inspirados (24%);
- 94% consideram que a alta qualidade de áudio é importante para a audição de álbuns completos.
A popularização das tecnologias, novas redes sociais, messengers instantâneos e o surgimento de diferentes formatos de comunicação, como podcasts, mudou a forma como as pessoas consomem conteúdo. Com o aumento das informações disponíveis, elas se tornaram mais enxutas, curtas e ágeis. Tudo isso para atender o dinamismo de uma primeira geração totalmente nativa digital, e também daquelas mais antigas que se renderam e se tornaram heavy users da tecnologia. Assim, seria impossível imaginar que o impacto desse novo mundo também não chegaria ao entretenimento, prova disso é o que acontece na música.
Você consegue se lembrar da última vez que ouviu um álbum inteiro? Provavelmente não tão recentemente quanto o fazia antes. O novo estudo global da Deezer, realizado com 8.000** pessoas no Brasil, Estados Unidos, França e Alemanha em janeiro deste ano, constatou que mais da metade da população está ouvindo menos álbuns do que há uma década. Entre os brasileiros, quase 60% dos entrevistados afirmaram ouvir menos álbuns do que há 5 ou 10 anos.
Por quê? A resposta é simples. Os fãs preferem ouvir uma mistura de faixas de diferentes artistas. Ter muita música para escolher e uma agenda lotada contribuiu para o declínio da apreciação completa dos álbuns. Além disso, 1 em cada 10 entrevistados também sente que os artistas não produzem álbuns como costumavam fazer.
Em vez de ouvir álbuns, quase 40% prefere playlists. As mixagens com moods também estão entre as preferidas. Curiosamente, pessoas com mais de 55 anos dizem que estão ouvindo faixas individuais (34%). Apenas 9% dos entrevistados têm preferência por álbuns completos. Surpreendentemente, a geração dos millennials – pessoas nascidas entre 1980 e 1995 – tem duas vezes mais probabilidade do que os baby boomers (nascidos entre 1945-1960) de mergulhar fundo em um álbum.
Apesar de o percentual de ouvintes que prefere álbuns completos não ser animador, não há motivos para desprezar ou desistir de obras completas. O estudo descobriu que, em média, as pessoas estão ouvindo cinco álbuns por mês. Há alguma variação por país. Os brasileiros são os campeões entre os países pesquisados, enquanto franceses e alemães são os que menos optam por álbuns completos. Enquanto 36% ouvem as faixas em ordem cronológica, dois em cada cinco brasileiros (40%) gostam de escutar aleatoriamente as músicas.
Então, qual é a resposta para recuperar a antiga fama do álbum? Bem, 94% dos entrevistados concordam que a qualidade de áudio faz diferença e ser alta é o recurso mais importante para ouvir álbuns. Quatro em cada dez pessoas também ouvem álbuns quando precisam de uma distração. Enquanto isso, 34% ouvem em seu tempo livre e mais de um quarto (26%) ouvem quando estão felizes.
E por falar em felicidade. Se você está procurando esse impulso de bem-estar, basta apertar o play em um novo álbum. Descobrimos que quando as pessoas ouvem o álbum pela primeira vez, se sentem felizes (48%), animadas (46%) e inspiradas (24%).
“A quantidade de música boa lançada atualmente é enorme e o tempo que temos disponível está cada vez menor, então não é surpresa que mais fãs de música optem por playlists. Mas os ouvintes não deveriam abandonar os álbuns. Eles representam a visão do artista, contam uma história e te levam a uma jornada musical”, diz Frederic Antelme, vice-presidente de conteúdo e produção da Deezer.
“Álbuns realmente oferecem uma experiência musical mais profunda. É por isso que as pessoas prestam muito mais atenção à qualidade do som ao ouvi-los. Os pequenos detalhes se tornam importantes e o som HiFi traz isso à tona. Como fã de música, posso honestamente recomendar a todos os ouvintes que apreciem um álbum completo de seu artista favorito, mesmo que seja apenas de vez em quando”, acrescenta Antelme.
Pop e rock* se destacaram quando se trata de álbum para ouvir inteiro. Gêneros locais também têm destaque. No Brasil, o sertanejo corresponde a 44%; na França, o Variété Français é responsável por 43%; já na Alemanha, é o Schlager que lidera (24%).
A pesquisa também revelou que a casa é o local mais frequente para apreciar um álbum completo, sendo a opção que reuniu a preferência de 82%, seguida por viagem de carro (42); caminhada; e por último na cama.
Se você estiver procurando por inspiração, confira os álbuns mais ouvidos na Deezer e encontre seu favorito, ou descubra um novo.
Top 10 gêneros preferidos para ouvir um álbum completo no mundo:
- Pop – 39%
- Rock – 38%
- R & B – 20%
- Rap – 19%
- Hip Hop – 18%
- Country- 16%
- Trilhas sonoras – 14%
- Várias de francês – 14%
- Dance – 13%
- Gospel – 13%
Top 10 gêneros preferidos para ouvir um álbum completo no Brasil:
- Sertanejo – 44%
- Pop – 36%
- Rock – 33%
- Gospel – 30%
- Samba e Pagode – 26%
- Forró – 20%
- Eletrônica – 18%
- Funk – 17%
- Trilha sonoras – 16%
- Hip-hop – 12%
Top 10 álbuns mais tocados no Brasil em 2019
- Todos os Cantos, Vol. 1 (Ao Vivo) – Marília Mendonça
- O Embaixador (Ao Vivo) – Gustavo Lima
- Esquece o Mundo Lá Fora (Ao Vivo) – Zé Neto & Cristiano
- Tem Moda Pra Tudo – Matheus & Kauan
- Prazer, eu sou Ferrugem – Ferrugem
- Terra sem Cep (Ao Vivo) – Jorge & Mateus
- Menos é Mais – Henrique & Juliano
- Acústico de novo – Zé Neto & Cristiano
- Terra do Nunca (Ao Vivo) – Dilsinho
- O Céu Explica Tudo (Ao Vivo) – Henrique & Juliano
** A pesquisa da Deezer foi feita nos Estados Unidos, Alemanha, França e Brasil totalizando 8.000 adultos, sendo 2.000 participantes em cada país, conduzida pela 3Gem em janeiro de 2020.