Celebrando 30 anos de carreira solo, Fernanda Abreu lança coletânea de baladas: “Fiz um bom serviço”
No podcast ‘Essenciais’, da Deezer, a cantora relembrou diversos momentos desde o início de sua carreira, na banda Blitz
Carioca, compositora, bailarina e pioneira da música pop dançante brasileira, Fernanda Abreu é uma artista completa e ninguém pode negar. Filha de pais músicos, Fernanda sempre teve forte contato com a música e com a dança, chegando a se formar como bailarina profissional pelo Ballet Tatiana Leskova, e tendo ingressado em duas companhias de dança antes da carreira musical.
Mas como todos sabem, não foi no ballet clássico que Fernanda Abreu encontrou sua principal vocação, e sim na música. A cantora conta que sempre teve interesse pela música e que na juventude chegou a conciliar as aulas de ballet com a faculdade de Sociologia e com os ensaios da banda “Nota Vermelha”, que criou com Leo Jaime.
A virada para o mundo da música veio quando realizou um show como backing vocal da banda “Blitz”, no Arpoador, na cidade do Rio de Janeiro. Inicialmente aquele seria o último show da banda, no entanto eles mandaram tão bem, que foram convidados pela gravadora EMI a gravar uma coletânea de músicas.
A partir daí a banda lançou mais dois álbuns, no qual Fernanda continuou fazendo parte como backing vocal, sendo a música “Você não soube me amar” um dos maiores sucessos da história do “Blitz”. Com o término do grupo em 1986, Fernanda conta que resolveu se dedicar à carreira de cantora fazendo cursos de canto e guitarra, além de começar a compor suas próprias músicas.
O primeiro disco solo veio em 1990, intitulado “SLA Radical Dance Disco Club” com influências de disco music, pop e funk. Do trabalho, vieram os singles “Noite” e “Você pra mim”.
Já de seu segundo disco surge um dos principais sucessos da sua carreira, “Rio 40 graus”. Fernanda conta no podcast que a música estourou depois que um produtor da rádio Jovem Pan começou a tocar a música na rádio. A música chegou até a ser utilizada em alguns programas jornalísticos, como o “Jornal Nacional”.
Com o seu terceiro álbum, Fernanda resolveu seguir uma sonoridade mais voltada para o samba, chegando a trabalhar com produtores internacionais e gravar partes do disco em Londres e Los Angeles. O álbum “Na Lata” fez grande sucesso no Brasil e na Europa. Ao comentar a faixa do álbum “Garota sangue-bom”, a cantora ressalta a sua vontade de querer mostrar a imagem de uma mulher empoderada na letra. “Queria escrever uma música sobre a mulher carioca, que não depende de ninguém”.
Em 1997, a artista lança o álbum de remixes “Raio X”, disco que mais vendeu na história da sua carreira e que conta com o single “Kátia Flávia, a Godiva do Irajá”. Três anos depois veio seu quinto álbum, “Entidade Urbana”, com foco nas grandes capitais e a vida urbana – seu último álbum com a gravadora EMI.
Com seu próprio selo musical e estúdio, a cantora apresenta em 2004 o disco na “Na paz”. Na época, Fernanda chegou a cantar na posse do presidente Lula, que ela afirma ter sido um momento muito emocionante da sua carreira.
Agora, em 2020, a carioca se prepara para lançar um novo álbum, a coletânea “Slow Dance”, com músicas de sua carreira e uma gravação inédita. O disco será lançado em setembro, por meio do selo da artista em parceria com a gravadora Universal Music. O último álbum da cantora, “Amor Geral”, havia sido lançado em 2016.
Sobre seus 30 anos de carreira solo, Fernanda Abreu afirma estar muito feliz e orgulhosa da sua trajetória e que não podia deixar de celebrar esse momento da sua vida, finalizando: “Eu acho que fiz um bom serviço”.
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