Se tem uma coisa que o Carnaval brasileiro tem, é a sua música autêntica! E, quando falamos em músicas de Carnaval antigas, é impossível não sentir aquele calorzinho nostálgico no coração.
As marchinhas, com suas melodias chiclete e suas letras bem-humoradas, atravessaram décadas e ainda embalam a festa mais animada do ano. Vamos juntos relembrar esses hinos da folia?

A origem das marchinhas de Carnaval
Tudo começou lá no Rio de Janeiro, no finzinho do século XIX, quando Chiquinha Gonzaga deu um verdadeiro presente para os foliões: “Ô Abre Alas”, em 1899. Essa foi a primeira marchinha oficial do Brasil, e a partir daí, ninguém segurou mais a animação!
Inspiradas na polca e no maxixe, as marchinhas de Carnaval surgiram como uma alternativa mais animada e ritmada ao lirismo do entrudo e dos antigos bailes de salão. Elas rapidamente se popularizaram e se tornaram a trilha sonora dos cordões carnavalescos e blocos de rua.
As marchinhas dominaram o Carnaval brasileiro por décadas, especialmente entre os anos 1920 e 1960, tornando-se parte essencial da identidade cultural do país. Com o tempo, o gênero perdeu espaço para o samba-enredo e outros gêneros modernos, mas nunca deixou de ser lembrado. Hoje, elas continuam vivas, embalando blocos e resgatando a nostalgia das festas carnavalescas de antigamente.
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10 Clássicos que nunca saem de moda
Agora vamos ao que interessa: as 10 melhores marchinhas de Carnaval antigas que não podem faltar na sua festa. Aqui estão:
1. Ô Abre Alas
“Ô abre alas, que eu quero passar”
Composta por Chiquinha Gonzaga em 1899, “Ô Abre Alas” é considerada a primeira marchinha de Carnaval da história brasileira. A compositora criou a música para o cordão carnavalesco Rosa de Ouro, atendendo ao pedido dos integrantes que desejavam um hino para suas festividades.
2. A Jardineira
“Ô, jardineira, por que estás tão triste? Mas o que foi que lhe aconteceu?”
Lançada originalmente no final de 1938 para o Carnaval de 1939, “A Jardineira” é uma marchinha com letra de Humberto Porto e música de Benedito Lacerda. A primeira gravação foi realizada por Orlando Silva.
3. Mamãe Eu Quero
“Mamãe, eu quero, mamãe, eu quero, mamãe, eu quero mamar”
Composta por Jararaca e Vicente Paiva em 1937, “Mamãe Eu Quero” ganhou notoriedade ao ser regravada por Carmen Miranda em 1940, ampliando seu sucesso internacionalmente.
4. Aurora
“Se você fosse sincera, ô-ô-ô-ô Aurora, veja só que bom que era”
Criada por Mário Lago em 1941, “Aurora” nasceu em uma Quarta-feira de Cinzas e rapidamente conquistou o público, tornando-se popular nos carnavais de rua em todo o Brasil. A letra expressa a saudade e o encanto por uma mulher chamada Aurora, refletindo o espírito festivo e romântico do Carnaval.
5. Cachaça Não É Água
“Se você pensa que cachaça é água, cachaça não é água não, cachaça vem do alambique e água vem do ribeirão”
Conhecida também como “Cachaça”, essa marchinha de 1953 exalta a bebida típica brasileira e tornou-se um hino informal dos foliões. A canção celebra o espírito festivo e descontraído do Carnaval e foi nas vozes de Carmen Costa e Colé que ela virou um hit nacional:
6. Turma do Funil
“Chegou a turma do Funi, todo mundo bebe mas ninguém dorme no ponto”
Lançada na década de 1950, “Turma do Funil” destaca-se pelo bom humor, retratando a celebração e a amizade durante a folia. A letra brinca com a ideia de uma turma que não deixa o “funil” (gíria para bebida) esvaziar, simbolizando a alegria constante dos festejos carnavalescos.
7. Me Dá Um Dinheiro Aí
“Ei, você aí, me dá um dinheiro aí, me dá um dinheiro aí”
Com seu refrão marcante, “Me Dá Um Dinheiro Aí” (1959), dos irmãos Homero, Glauco e Ivan Ferreira, conquistou o Brasil com uma abordagem divertida e irreverente. A música tornou-se popular nos bailes de Carnaval, sendo entoada por foliões de todas as idades.
8. Máscara Negra
“Quanto riso, oh, quanta alegria! Mais de mil palhaços no salão. Arlequim está chorando pelo amor da Colombina no meio da multidão”
Composta por Zé Keti e Pereira Matos em 1967, “Máscara Negra” possui uma pegada romântica e tornou-se um hino dos bailes de Carnaval. A canção aborda a temática das máscaras e fantasias e até hoje embala corações apaixonados durante a folia.
9. A Cabeleira do Zezé
“Olha a cabeleira do Zezé, será que ele é? Será que ele é?”
Lançada em 1964, “A Cabeleira do Zezé” é uma marchinha divertida e irreverente que brinca com os costumes e comportamentos da época. A letra julga, de forma um tanto retrógrada, o comprimento do cabelo de Zezé,
10. Allah-lá-ô
“Allah-lá-ô, ô ô ô ô ô, mas que calor, ô ô ô ô ô”
Lançada em 1941, essa marchinha foi composta por Haroldo Lobo e Nássara e se tornou um dos maiores sucessos do Carnaval. Com um ritmo animado e uma letra que evoca a alegria da festa, “Allah-lá-ô” faz referência ao calor intenso do verão brasileiro. Seu refrão contagiante faz com que seja impossível ficar parado ao ouvi-la. Até hoje, é presença garantida nos blocos de rua e bailes carnavalescos!
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O legado das marchinhas
As marchinhas não são apenas músicas, são parte da história cultural do Brasil. Elas falam de amores, festas, política e do cotidiano com leveza e alegria. Mesmo com o passar do tempo, essas canções continuam vivas nos blocos de rua, mostrando que o Carnaval é uma festa feita de tradição e renovação.
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Conclusão
As músicas de Carnaval antigas têm um poder mágico: elas nos transportam para uma época dourada de confete, serpentina e inspiração. Então, neste Carnaval, que tal colocar essas marchinhas para tocar, vestir sua fantasia e reviver esse legado incrível? Viva o Carnaval!
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